sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Um Humano Por Completo

05 de Abril de 2011
Recriar é construir mesmo depois de demolido o que já se tinha concluído. É com esse dito popular, que os discursos se gloriam, e é mediante este provérbio tosco de autoajuda que eu discordo dessas afirmações ébrias e insanas. Acaso não sabemos que recriar é percorrer os mesmo caminhos de outrora? Logo, concluímos que não queremos ver nosso forte ser destruído outra vez e por tal devemos tomar outro caminho e outras estratégias para criamos e não recriamos outras colunas centrais, e haveremos de cercá-la de muralhas impenetráveis. Assim sendo, temos diante de nós um provérbio falido.
O que penso nestes tempos mórbidos? Penso que existe um futuro muito gasto de tanto ser repetido em nossas cabeças. Um futuro velho ou caduco que deixa perturbada toda mente brilhante que olha o crepúsculo enquanto o mesmo se apaga no horizonte. Por que digo isto? Digo simplesmente pelo real sentimento de medo que subsistir nos corações da raça humana, ou melhor, da raça humana fragilizada.
Não busco gloria desmedida, nem tão pouco, olhares de gratidão. Não sou politico convencional que ludibria a plebe ignota. Não sou o verbo do principio nem o alfa e o ômega. Sou apenas um ser humano que tento á todos os vão momentos ser um humano por completo.

Isidio Fonseca 

Cançaso

12 de Abril de 2011
Às vezes fico a procurar o elo que me foi negado a encontrar. Inutilmente busco respostas para a minha existência e sem notar, resolvo milhões de problemas alheios. Parece que o circulo da vida brinca comigo quando mim pinto de investigador.
Estou cansado. Profundamente cansado da hipocrisia humana que fede em minhas narinas. Estou cansado das opiniões sem fundamentos e das idiotices humana em busca de riquezas. Estou cansado das inúmeras vezes que tentei entender o espirito humano, pois não vi motivo que pudesse explicar o desejo sangrento com que a humanidade tem se destacado em todas as épocas.
Estou cansado de meu corpo, de minhas palavras e de meus sonhos. Dos amigos das horas vitoriosas, das mãos nos ombros nos momentos gloriosos. Cansado da covardia e do desprezo. Das risadas falsas que esconde a verdade. Da verdade que não sobressai dos corações amargurados.

Isidio Fonseca

domingo, 13 de novembro de 2011

Convocação

Pelo presente, conglomero em vossos anseios a devida medida de lucubre que outrora vos purgava na escravidão de vossos desejos.
E acima de tudo, suscito a advertência para que vós não deixeis no ignoto à sensibilidade HUNAMA, aquela que não faz acepção e nem tão pouco ver isonômicos em vosso meio.
Requestro para que vós tenham em mente não o desdém dos vossos desejos ambíguos, que incutidos em vossas almas vos arrastam para as não razoes vilipendiáveis.
Pelo presente, tenho a humildade para vos chamar para outros tempos. Aqueles onde éramos da mesma essência, da mesma raça e não tínhamos distinção entres as classes ou por que não dizer: entre os homens.


Isidio Fonseca

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

04 de Outubro de 2011
Nunca desisti de mim. Sei que nada foi tão amargo e tão causticante chegar até aqui. Contudo, pus Deus em meu coração e mim cingi de coragem para ser eu, para aceitar o que sou sem medo e sem mentiras.

Hipocrisia Sacra

Na verdade, eu represento o asco da tolice,
 Escarrado constantemente das bocas santas,
 Inflamo nas moléculas de um susto.
 Os vícios encubados de uma sociedade desinibida.
Na plataforma sustentada de senhores, sou símbolo obliterado.
Represento a Malva da terra,
 No céu sou um demónio coibido.
Eu represento o nojo;
Nas ruas marcadas de refeição nos olhares.
O sonho atroz das santidades;
Gabriel sem mensagem,
Advogado de Deus entre os mortais.
Sou à volta, a contravolta.
O estrondo dos trovoes descobertos do ódio,
A chuva ácida das palavras tortuosas.
Eu represento a morte vazia,
O gosto omnipotente em tua língua,
A fome nas caras sofredoras,
O invisível sopro que vem dos hospícios.
Eu sou a parte mais insignificante de um átomo.
O medico a distrair pena,
Jesus Cristo crucificado;
A ponte da paz e da guerra.

Isidio Fonseca