quarta-feira, 6 de março de 2013

Última Gota


Na planície que cobrem a superfície do meu existir.
Tento, em passos lento e introspectivo encontrar uma resolução matematicamente justa.
Tento_ luto e sofro mil dores de fantasias do meu não pensar em mim mesmo.
Reviro-me às avessas e percebo que não sou nada e nada tenho.
Talvez seja uma crise existencial...
 Mas não tenho tempo para me agarrar as desculpas dos fracos.
O meu espirito caminha no desconhecido não por que amas o duvidoso.
Mas acima de tudo, porque quer descobrir-se como ser
Criado e recriado por uma força magnifica.
Sedento de Deus e sendo ao mesmo instante substancia divina.
Vejo que cresci e olho-me no espelho e só consigo contemplar um ser involuído, triste, fechado, duvidoso e que tem como moradia um casulo que chama de corpo.
Vejo um ser confuso, inebriado pelas palavras infectadas e que não consegue ver claramente por não ser um dos corrompidos.
Daria até a última gota de minha vida por um minuto de paz.
 No meu intimo só há guerra, revolta e incerteza.
Logo, no mar de minhas dores mora a Esperança de que um dia iremos nos livrar do verme que somos.

Isidio Fonseca

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Auto- Estima

A distancia do querer não vai envelhecer o fruto que na cesta apodrece como aquele corpo que na cova causa inveja.
Aonde se esconde? E para que esconder?
Eu quero lutar, quero mim enfrentar, mim libertar das personagens covardes que inventei.
O dia se vai e minhas dores se multiplicam-se.
A noite um verme roê a última semente de humanismo e outra vez somos animais.

Paralelos

Hoje, talvés eu não entenda muito bem o resultado dos retângulos de um triângulo no aspecto definitivo de um problema fisicamente exato.
As Leis da Natureza e suas causalidades formando símbolos matemáticos que ao meu ver nada adiantou para explicar a razão de nossa existência ou mesmo em nos tornarmos melhores.
Ouvimos diariamente que existe uma para todo acontecimento. Doravante, nunca nos disseram qual é essa razão.
Quando nascemos fomos bombardeado por ideologias que defino como parasitas que nos roem por dentro.
As vezes mim parece que é muita dissimulação para nos provar a ingnorância com que fomos gerados e amamentados. Mim pergunto para que tanta idiotice se todos esses cubos de vácuo não dizem quem somos ou para que existimos. Fomos criando problemas e inventando formula exatas para solucioná-las. Isso só mostrou a criatividade que temos de invenção. A arte parece que é a única razão empírica que é inata.
Diante de tudo que criamos e dissimulamos nada é tão real quanto a saudade, que mesmo sem palavra alguma machuca e faz-nos sentirmos impotente.
Hoje, eu vejo o quanto algumas coisas mim faz falta e sei que mesmo disposto a mergulhar numa aritmética aplicável ao disposto da causalidade não bastaria para dar-te uma razão lógica para o que sinto.
É inútil buscarmos uma razão para o que sentimos se o que de fato importa é o sentir e não o explicar o que sentimos.

Isidio Fonseca

domingo, 29 de janeiro de 2012

Dando a Volta

Outrora meu ser.....
Um poço de lamentação
Coberto por uma seta espaçosa de ressentimento
Da qual sussurros melancólicos brotavam inesperadamente
Dando à luz aos mais terríveis sentimentos (demônios)
Que porventura encontravam morada em meu ser...

Já era tempo... Assim cantarolava a melodia;
O tempo de ver além das figuras coloridas do Ódio, Raiva, ressentimento e Culpa
E além da própria existência.

Despi-me da roupa suja que já se confundia com minha pele
E após lavar-me nas águas do perdão
Pude ver quão maravilhoso é a vida
Pois já não sabia o que de fato era viver.

Toda minha vida fui vitima dos meus demônios da desilusão
Mas venci-lhes com meus anjos da Esperança.

Digam o que disserem
Sou tal como sou
Ferramenta lapidada pelo ser supremo
Que depositou toda a sua fortuna em mim.

Isidio Fonseca

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Replica

O homem não tem vicio. O homem é seu próprio vicio.
O homem é sua fortaleza e sua ruína.
O homem... Apenas o homem é sua salvação.