quarta-feira, 6 de março de 2013

Última Gota


Na planície que cobrem a superfície do meu existir.
Tento, em passos lento e introspectivo encontrar uma resolução matematicamente justa.
Tento_ luto e sofro mil dores de fantasias do meu não pensar em mim mesmo.
Reviro-me às avessas e percebo que não sou nada e nada tenho.
Talvez seja uma crise existencial...
 Mas não tenho tempo para me agarrar as desculpas dos fracos.
O meu espirito caminha no desconhecido não por que amas o duvidoso.
Mas acima de tudo, porque quer descobrir-se como ser
Criado e recriado por uma força magnifica.
Sedento de Deus e sendo ao mesmo instante substancia divina.
Vejo que cresci e olho-me no espelho e só consigo contemplar um ser involuído, triste, fechado, duvidoso e que tem como moradia um casulo que chama de corpo.
Vejo um ser confuso, inebriado pelas palavras infectadas e que não consegue ver claramente por não ser um dos corrompidos.
Daria até a última gota de minha vida por um minuto de paz.
 No meu intimo só há guerra, revolta e incerteza.
Logo, no mar de minhas dores mora a Esperança de que um dia iremos nos livrar do verme que somos.

Isidio Fonseca

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