Escarrado constantemente das bocas santas,
Inflamo nas moléculas de um susto.
Os vícios encubados de uma sociedade desinibida.
Na plataforma sustentada de senhores, sou símbolo obliterado.
Represento a Malva da terra,
No céu sou um demónio coibido.
Eu represento o nojo;
Nas ruas marcadas de refeição nos olhares.
O sonho atroz das santidades;
Gabriel sem mensagem,
Advogado de Deus entre os mortais.
Sou à volta, a contravolta.
O estrondo dos trovoes descobertos do ódio,
A chuva ácida das palavras tortuosas.
Eu represento a morte vazia,
O gosto omnipotente em tua língua,
A fome nas caras sofredoras,
O invisível sopro que vem dos hospícios.
Eu sou a parte mais insignificante de um átomo.
O medico a distrair pena,
Jesus Cristo crucificado;
A ponte da paz e da guerra.
Isidio Fonseca
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